Na audiência, comitiva de advogados e representantes do município relataram que muitos trabalhadores deixam de lutar por seus direitos devido à distância da cidade até a unidade jurisdicional mais próxima.

Designada pelo presidente da entidade, Claudio Lamachia, a secretária-geral adjunta da OAB/RS, Maria Helena Camargo Dornelles, acompanhou, na tarde desta quinta-feira (27), uma comitiva de advogados e representantes do município e região para audiência com o presidente do TRT4, João Ghisleni Filho, na sede do Tribunal.

No encontro, além de Maria Helena, participaram da audiência o presidente da subseção de São Sebastião do Caí, Evaldo Kievel; o tesoureiro da subseção, João Amantino Moreira Boeira; o prefeito do município, Darci Jose Lauermann;  o presidente da Câmara de Vereadores do município, Valdir Raimundo Ramos; e os advogados, Marcelo de Boeira, Vera Maria Bueno Motta e  Marcelo Frosi.

O grupo de representantes do Executivo, do Legislativo, da subseção da Ordem, de sindicatos e demais segmentos da comunidade de São Sebastião do Caí, requereu ao TRT4 a instalação de uma Vara da Justiça do Trabalho em São Sebastião do Caí.

Atualmente a jurisdição da Justiça do Trabalho do Vale do Caí abrange 10 municípios.

Na reunião, Maria Helena destacou que a OAB/RS considera fundamental a ampliação do atendimento da Justiça do Trabalho em polos regionais.

A dirigente lembrou que o TRT4 tem um estudo que prevê o remanejamento de unidades no Interior do estado e que "a Ordem defende a ampliação, e não é favorável ao remanejamento de Varas", exaltou Maria Helena.

A secretária-geral adjunta também cumprimentou Ghisleni por sempre atender a todas as subseções, mantendo o diálogo entre o Tribunal e os advogados.

O presidente da OAB de São Sebastião do Caí explicou que, devido à falta de uma unidade jurisdicional no Vale do Caí, muitos trabalhadores deixam de buscar seus direitos devido à distância entre a região e a unidade mais próxima, no caso, São Leopoldo.

O prefeito do município relatou que "estamos preocupados com a facilidade dos cidadãos que, por muitas vezes, dependem de transporte público para buscarem seus direitos".

Por sua vez, Ghisleni afirmou ser praticamente inviável a instalação de uma Vara no município, pois a demanda de processos da região ainda não alcança o número de 1300 ao ano.

O dirigente do TRT4 propôs aos presentes a elaboração de um documento reivindicando a instalação de um posto jurisdicional, pois, para que este seja instalado, é necessária a demanda de 250 novos processos ao ano. Atualmente, cerca de 800 processos entram em tramitação por ano na região.